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Anitta sobre criminalização do funk: “Invistam em educação antes”

A cantora foi ao Twitter rebater proposta em análise no Senado que visa tratar o funk como crime de saúde pública

Por Chames Oliveira Atualizado em 12 jun 2017, 15h45 - Publicado em 12 jun 2017, 12h51

Já sabemos que Anitta não hesita em expor abertamente suas opiniões. Neste sábado (10/06), por exemplo, a cantora deu uma ~aula de lacração~ no Twitter ao argumentar sobre a proposta de criminalização do funk que tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal e que trata o ritmo brasileiro (designado de “falsa cultura” pelo relator e empresário paulista Marcelo Alonso) como um crime de saúde pública.

Imagem:/Reprodução

Para que uma proposta legislativa seja analisada pela comissão é necessário que ela receba o apoio de 20 mil pessoas, como aconteceu com a proposta de Alonso. Ao ver o tuíte que informava que a proposta, pelo número de apoios recebidos, seria encaminhada ao Senado, Anitta rebateu: “22 mil desinformados que estão precisando sair da zona de conforto dos seus lares para conhecer um pouquinho mais do nosso país.”

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“Educação, queridos. Invistam em educação primeiro. Eu não quero nem imaginar a bagunça que viraria esse país se um absurdo desses é colocado em prática. Tá tudo ok com o Brasil já? Achei que tivesse coisa mais séria pra se preocupar do que com um ritmo musical que muda a vida de milhares”, continuou. “O funk gera trabalho, gera renda… para tanta gente. Uma visitinha nas áreas menos nobres do nosso país e vocês descobririam isso rápido”, disse, mandando um recado para os indivíduos que apoiaram a proposta.

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“Se o conteúdo das letras ou das festas não agradam é porque cresceram vendo e vivendo aquilo que cantam. Deem acesso a outros assuntos e cantarão sobre eles”. Anitta aproveitou para fazer uma comparação com músicas estrangeiras que abordam temas parecidos com os cantados no funk: “Traduziram as letras de outros idiomas para proibir as que não têm mensagem que agradam aos cultos ou é só uma discriminação mais direcionada?”.

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Após recordar que começou a carreira (atualmente com pezinho no mercado internacional) no funk, Anitta fez uma sugestão aos apoiadores: “A lei certa deveria ser que todo filho de quem decide nosso futuro fosse obrigado a estudar em escola pública sem cursinho particular, que sua família fosse obrigada a frequentar os hospitais públicos e não criminalizar uma das poucas formas que essa gente conseguiu para ganhar a vida, amores… aí não”. Para finalizar, a cantora disse: “Não mexe com quem tá se virando para tentar ganhar a vida honestamente diante de tanta desigualdade”.

Imagem/Reprodução

 E vocês pensaram mesmo que Anitta não militaria, né? :p 

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